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Tanyaradzwa

Alberte Pagán

Recensión

Image versus Narraçom

Tanyaradzwa é um documental experimental independente. É um retrato a meio caminho entre um screen test de Andy Warhol e um busto parlante confessional. Trata da Vida, Opinions e Circunstância (em sentido orteguiano) da mulher retratada. Tres cuartas partes da metrage estám adicadas à sua circunstância. Só umha pequena parte se dedica à sua vida (17%) e opinions (9%). Mas corre-se o perigo de que o poder da PALAVRA convirta toda a película num testimónio global; esse é o desafio: como produzir images que sejam válidas por si mesmas, sem o apoio da palavra; como escapar à ditadura do discurso, é dizer, à narraçom. Esse é o objectivo da fixeza e a duraçom dos planos.

A duraçom como dimensiom concreta

A narraçom oral é a depositária do tempo ilusionista: umha vida inteira desenrola-se ante os nossos olhos em tam só umha hora. Mas esse é um prazer dirigido unicamente aos nossos ouvidos, nom aos nossos olhos. A narraçom oral está incrustada em longas tomas fixas, que continuam impassíveis mesmo quando a voz cessa, duvida, desaparece. Para contrarrestar este prazer ilusionista os longos planos baleiros enfrentam-se à opresiom da narraçom e ao mesmo tempo constituem a orige da narraçom. A cámara enquadra a mulher, em silêncio; o que pretendia ser um retrato mudo converte-se em narraçom quando a mulher começa a falar. Mas ela nom poderia empezar a falar sem a fixeza do quadro, sem a duraçom. O tempo ilusionista nom seria possível sem a materialidade da duraçom.

A audiência observa, a audiência é observada

Entanto as cenas nom narrativas ponhem a prova a paciência e o interesse do público, a vea narrativa da película, como umha sorte de prazer visual (auditivo) que serve de compensaçom, avanza climatericamente desde a opinión aos segredos mais persoais e íntimos, até acadar um ponto culminante nom diferente do de um espectáculo de nudismo. Mas quem fica espida, a protagonista ou a audiência? A película nom trata sobre a sua protagonista: trata sobre o público, cujas reacçons ante o que vem na pantalha podem desvelar ou seus eus verdadeiros, os seus prejuíços sobre a “mulher”, “África”, o “exótico”. Observamos a Tanyaradzwa na pantalha sem decatarmo-nos de que na realidade somos NÓS os que estamos a ser observados por ela. Ao igual que Peeping Tom só pode começar quando o protagonista abre os olhos, Tanyaradzwa só pode finalizar quando Tanyaradzwa pecha os seus: Vemos a Tanyaradzwa que nos está vendo; ela pecha os olhos, a película remata.

Premios | Festivais | Proxeccións

Cineclube Compostela 2009 | Festival Filminho (Galiza-Portugal, 2009) | CGAI (Coruña, 2009) | Festival Play-Doc (Tui, 2010) (premio mellor documental galego) | BAFICI (Buenos Aires, 2010) | IV Premi de Cinema Assaig de la UAB (2011) | Liceo Mutante (Pontevedra, 2013)

Passages from Tanyaradzwa (60′): Galician Film Conference (The Graduate Centre, New York, 2010)

Tanyaradzwa (versión de 346′ a unha soa pantalla): Cineuropa (Compostela, 2011)

Críticas | Entrevistas

O suxeito atravesa a pantalla (Lara Rozados, A Nosa Terra, 02 a 08-07-09)

O ollar “antiantropolóxico” (V. Oliveira, Galicia Hoxe, 24-06-09)

“Xogo cos límites do cine” (entrevista por M. B., A Nosa Terra, 25 Junho a 1 Julho 2009)

No corazón de África (I) (Xurxo González, julho 09)

Viaje al principio del mundo (Filminiho 2009, Miguel Blanco Hortas, Lumière nº 2)

Tanyaradzwa (Ramiro Ledo, Blogs&Docs, 12-11-09)

Audiovisual 2009 (Cultura Galega, 05-01-10)

A creación á marxe do sistema capitalista é unha boa arma anticapitalista (entrevista por Xurxo González, A Peneira, abril 2010)

Jornadas de cine gallego en Nueva York (entrevista a María Teresa Cabo, 2011)

Miradas independientes en España (entrevista por Pablo Santiago, Revista Replicante, Maio 2012)

Óperas primas : el caso del documental en México y España (Eugenio Polgovsky, Los herederos, México, 2008 y Alberte Pagán, Tanyaradzwa, España/Galicia, 2009) (Paul Julian Smith, en Opera prima en el cine documental iberoamericano [1990-2010])

De Alberte Pagán a Alberto Gracia: Cine gallego, un aire de renovación (Mónica Delgado, Desistfilm 003, 2013)

Alberte Pagán (Xan Gómez Viñas e Pablo Cayuela, Luzes nº 6, Maio 2014)

Theoral (Alberte Pagán interviewed by Philipp Schmickl, Vienna, 2014)

Chiwoniso Maraire (Alberte Pagán, Café Barbantia, 23-09-15)

Capturas

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