Recensión
75 velhas fotografias topadas no mercado de Hietalahti de Helsinki a finais de agosto de 2019 e mercadas por €60. 83 rostos anônimos que nos olham, às vezes de esguelho, desde há mais dum século. Mas si ficam bem impressos nos cartons os nomes das e dos fotógrafos. A falsidade da arte: fotografamos umha mulher, umha família, para “imortalizá-la”. O único que se conserva 150 anos despois é o nome do estudo fotográfico.
Quem é esta gente encontrada nas ruas de Helsinki? É gente finesa fotografada polos profissionais de Suécia, a antiga potência ocupante? Som cidadáns suecos enviados a colonizar o território finês? Está Finlândia ausente da equaçom e simplesmente as fotografias cruzárom o mar de Åland por algumha razom que se nos escapa?
Nom pode haver interpretaçom destas vidas congeladas no papel. Só o seu tamanho: 6 x 9 centímetros. E o tempo concedido: 7,5 segundos.
Versom branda: as fotografias som mediadas pola cámara de vídeo, os rostos suavizam-se, o grao baila, a mao treme, os enquadres escoram. Os retratos cobram vida. Esta é a versom poética, cálida, para o desfrute visual.
(A. P.)
Ficha
Festivais | Proxeccións
Festival Intersección (A Coruña)